terça-feira, 27 de maio de 2008

Sonho... sonhei!!!

Tive um sonho hoje bem interessante. Deixem-me contar-vos o que se passou. Adormeci a pensar nos ombros nus de uma mulher que já não encontrava há muito tempo. Adormeci a pensar nela, no beijo leve que me tinha dado na cara anos antes. Fechei os olhos a pensar na suavidade dos seus ombros que tantas vezes percorri com os dedos. Queria na verdade ter percorrido com os meus lábios... mas não apenas os ombros. O seu peito, quis percorrer o pescoço, descendo pelo seu peito até encontrar os seus seios. Era o que eu pensava por ter visto uma fotografia antiga durante o dia. Uma fotografia que despertou em mim memórias, uma fotografia que me fez pensar... devia te-la beijado... devia ter tentado... mas não tentei.
Deixei-a passar, a ela e ao seu sorriso calmo e aberto, ao seu torcer de nariz cada vez que eu dizia algo estupido, ao seu cabelo selvagem que não era selvagem a não ser porque eu o queria. Porque deixei eu passar tanto tempo? É apenas esta pergunta que fiz a mim proprio enquanto adormecia e, confesso sem medo... pensei em ter sexo com ela. Não o evito, lembro-me bem dela, dos seus movimentos suaves enquanto me abraçava docemente e adormecia nos meus braços. Suspirava por beijos enquanto ela adormecia nas tardes desperdiçadas. Nunca a beijei... porque raio nunca tentei? É a pergunta que faço ao lembrar-me da sua foto em bikini... sim, confesso... sou um pouco depravado e olhei para os seus seios, para a leve curva de perfil, sim, confesso, imaginei segurar-lhe na cintura e puxa-la para mim. Sim, confesso, imaginei-a sem vergonha, a mesma vergonha que tinha quando lhe dizia que estava linda. A mesma vergonha que ela exibia quando instintivamente me escondia as suas curvas quando me aparecia com menos roupa à frente.
Tenho saudades dos abraços que ela me dava com força, que me esmagavam o pescoço. Confessou-me uma vez que gostava de morder os lábios enquanto beijava, desde essa altura que mordo todos os lábios que encontro pela frente.
Tenho saudades dos meus 16 anos... tenho saudades dos seus 15 anos... e ja vou com quase 30.
Não sonhei nada, nem sequer dormi, mas sonhei.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Bom dia, bom dia!!!

Bom dia, bom dia.
Estás contente porquê? Perguntam-me sempre porquê...
Não importa, sai da universidade e caminhei ao som de musica parva, Belinda Carlisle acompanha-me... uhhh baby do you know what love's worth.... ou qualquer coisa assim. O sol magoa alegremente. Alegremente? Mas que parvoíce, e sim, é alegremente. Alegremente que as pessoas correm, correm ao trabalho, ao lazer, ao sexo... querem todos sexo, sexo por dinheiro, poder, sexo através de aprisionamento por matrimonio, sexo por favor, fiz-te um favor... poooor favoooooor!!!!!!
Ohh patetice... eu faria sexo por um niquel... nenhum niquel. Faria sexo por um sonho, um pequenino sonho, faria amor... aiii amor, lindo amor. Tropecei, foda-se.... caralho...merda ia caindo... fiz figur.... ganda par.... bonita tambem... que mundo este... primavera e as meninas usam boobie-shirts... elas querem que eu olhe... eu ou mais alguem... não importa, não as vou censurar, se eu tivesse mamas assim tambem queria que olhassem... sao boni.... porra, mais uma bonita... são sempre tão lindas, tão lindas... se elas soubessem o carinho que tenho por aqueles sorrisos, bochechas... aquelas covinhas... porra apetece-me mesmo abraça-las... aiii se elas imaginassem as coisas que faria com elas, elas gostariam de mim. E não, não falo de apenas sexo... elas são bonitas... e queria dar-lhes carinho....
Pera... cheguei... porra tou feliz.
Hey.

domingo, 11 de maio de 2008

Pequeno pedaço de desespero...

Desespero…

Lembro-me perfeitamente. Era um sábado à noite, mais ou menos por volta das 22 horas. Estava um tempo chuvoso, típico da altura. Estávamos em Fevereiro e aproximava-se aquele dia cómico, o dia 14. Algo que sempre achei muito divertido era o facto de, assim que acabava a época melosa dos namoradinhos, instalava-se o Carnaval. Costumava dizer às minhas antigas namoradas e paixões que – Acabava uma palhaçada e começava outra, de qualquer maneira as pessoas ficam acéfalas nestas alturas. – Confesso que elas nunca achavam muita piada. Também é verdade que tive sempre o condão de escolher raparigas muito românticas que, de uma maneira ou de outra, queriam sempre passar esses dias de amor eterno comigo. Queriam passa-lo abraçadas, aos beijos, a segredar segredos que não interessavam a ninguém. Estas relações nunca duravam muito. Uns meses no máximo, nunca mais de seis.

Por volta das 22:15 fiquei aborrecido de estar em casa. Algo me chamava lá para fora e, como estava em casa sem fazer nada, decidi sair à rua. Faltava-me um gosto na boca, um sabor amigável, um trago sensível a acariciar as minhas entranhas. Faltava o meu velho Deus Whisky, faltava o álcool no meu sangue costumava dizer um amigo meu.

Sai do meu apartamento. Um apartamento que tinha um cheiro a beatas, a botas velhas e a odores nefastos. Não, eu não tinha janelas. Quer dizer, tinha mas nunca as abria. O fumo tabagista era-me mais agradável à minha aura de solitário que o ar puro. Esforcei-me por andar direito sem tropeçar nas minhas próprias pernas. Tive preguiça de apertar as botas e os fios dançavam pelo chão. Sentia os pés a vaguearem, e o húmido das pedras da calçada, não ajudava nada à festa. Recomeçava a chuva. Uma chuva miudinha que não chateia ninguém mas, que encharca lentamente os cabelos e provoca constipações. Queria ter trazido um guarda-chuva comigo mas, pela centésima vez, perdi-o numa pastelaria qualquer durante o dia. Era comum, entrava, deixava o guarda-chuva à entrada e, aquando da saída, já não o encontrava. O que vale é que, os guarda-chuvas, começavam agora a ser vendidos nos chineses a preço de banana. No dia seguinte teria comprado um.

domingo, 4 de maio de 2008

Olha a menina a dançar…

Olha a menina a dançar…

Nas ruas saltitava, dançando, cantando, correndo, dançando.

- Quem era!? – Perguntou o duende da esquina á fada do candeeiro!?

- Lá sei!!!! Uma tola, olha para ela a correr – Responde com uma voz sorridente a fada.

- Olha, eu gosto dela, saltita como um miúdo a fugir da brincadeira de um cão. – Intromete-se o gnomo do pavimento. – Sinto-me bem com ela a pisar-me, vivo para isto. Aiiii se todas as meninas saltassem como esta, já ninguém salta assim – Reclamou o gnomo.

O gnomo eventualmente tinha razão sabem? Já ninguém procura nada hoje em dia. Se perdem algo, nem se dão ao trabalho de saber o que perderam.

Mas aquela menina de cabelo vermelho como o fogo sabia o que perdera.

Não me perguntem a mim, eu também não sei. Nem o Gnomo sabe. Mas que é bom ver finalmente alguém a procurar estas coisas é.

- Oooooooooooolha a menina a dançar… tão bela, no seu saltitar, quem vai com ela dançar!??!? – Cantarolou o mocho da esquina da varanda.

- Deixa de ser parvo, não vês que ela não procura isso!!!! Isso já ela tem, cheira-me que procura saltar apenas … - rosnou o Trool da sarjeta.

Saltitava, saltitava a menina de cabelo vermelho. Por entre ruelas antigas, místicas, maravilhosas dançava. As pessoas não notam, estão estúpidas. Para as outras pessoas a menina só caminhava. Mas para os gnomos, fadas, duendes, trools, mochos e muitos outros bichos, a menina saltava e dançava e procurava, sempre procurava.

- Que raio quer esta?!?!?!!? Tá a andar daqui pa fora – berrou a bruxa da entrada do bar.

- Cala-te estúpida, olha lá bem!!! Tá a dançar, deixa-a tár, tá á procura de algo, olha como fica feliz com cada passo dado nestas minhas ruelas – Gritou o Anão dos passeios.

- Ai agora são tuas!? É minha besta!? São tuas!? Vou ai arranco-te essa barba á dentada!!!!! Os passeios são teus burro, as ruelas são minhas, e ela em ti não toca que tem nojo dos teus dentes amarelos e nariz com ranho a pingar!!!

- Tão giro… depois são os trools que berram e fazem merda. Calem-se lá vocês os dois, tão-me a dar dor de cabeça. – Resmungou o estranhamente limpo trool da sarjeta.

- Óóóóóóóó fada!!!! Vai atrás dela, dá-lhe lá luz com o candeeiro para ela ver o que está á procura!!!! – Pediu o mocho da esquina da varanda.

- Tá bem, tá bem, eu vou… ela até tem piada a saltar, cantarolar, a saltitar e a dançar… gosto da cara dela, é bonita.

- Será que ela é infeliz quando vai para casa!? Eu gostava que ela fosse infeliz. – Disse baixinho o Demónio do caixote do lixo.

Sabem o que se passou!? Não sabem!?!? Eu digo, eu digo…

Todas as criaturas se juntaram, mandaram uma coça no demónio do caixote do lixo. Deixaram lá tudo o que de porco tinham para o demónio cheirar mal e a menina não se aproximar dele.

E assim correu a menina do cabelo vermelho, saltitou, cantou, dançou e correu. Se achou o que procurava, eu não sei, nem ninguém sabe. Nem mesmo as criaturas. Mas elas juraram, sempre que a menina fosse á cidade de Coimbra, caminhar pelas ruelas, protege-la, até ela achar o que procurava.

Carlos Cardoso

22/02/05