Uma vez escrevi que um homem não podia morrer.
Uma vez escrevi que a sua voz permanece depois da morte.
Uma vez escrevi que ele ouve, sente, fala, conversa, tem sede, fome e sonhos.
Um morto pode sonhar.
Uma vez escrevi que ele não morre porque simplesmente se esqueceu.
Esqueceu-se de tudo à sua volta.
Esqueci-me que isso é estúpido.
Que é que importa quando se esquece? O que é que importa se somos esquecidos quando o equivalente é morrer para todos?
Um homem dentro de uma prisão não morre, fala, pensa, ouve, conversa, tem sede, fome e sonhos. Ele pode sonhar.
Dufresne prova a minha teoria errada. Se ele sonhava, vivia...
Sempre com as mesmas palavras... by the sea....
domingo, 14 de março de 2010
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4 comentários:
...e nunca estás verdadeiramente morto enquanto alguém sonha contigo. Aliás, é nesse moomento que estás mias vivo para essa pessoas. Just my 2cents.
Keep it up :)
uma vez disse de mim para mim como quem monologa com a vagina mas sem a dita que bom seria se o homem apesar da voz preferisse a pertinencia e de vez em quanto fechasse a matraca a cloaca a tua cabeça de merda. morre de escorbuto.
na cama eu estava como morto
meu rochedo já s'encontrava torto
em inclinação leninista radical
por usar sempre a dextra ao dar ao pedal
gostava de lamber-te a testa
amamentar-te do que resta
a minha poesia não presta
mas comi pregos
com ferrugem
muito tua,
pata sádica autista
Comentários desta estirpe nunca são para censurar.
Raramente vi tanta qualidade literária num comentário.
Pena é perder tempo por aqui... raramente vejo qualidade literária por estes lados.
Já agora, fucking machines é awesome.
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